A Promotoria Eleitoral da 53ª Zona Eleitoral deu entrada em mais uma ação que poderá mudar o quadro de vereadores eleitos para o pleito 2021-2024. O teor desta ação é o mesmo da que foi aberta contra o partido MDB.
De acordo com o documento, a Promotoria alega que um candidato do partido PSL teria usado sua irmã como “laranja”, já que a mesma teve apenas dois votos e teria feito campanha para o irmão. Além dela, mais duas mulheres também teriam sido usadas para alcançar o número feminino necessário no partido, tendo cada uma apenas 1 voto.
Assim como na ação contra o MDB, nesta, o promotor escreve “Na presente demanda pretende-se apurar a ocorrência de fraude/abuso do poder político consistente no registro de candidaturas fictícias a fim de se cumprir a cota de gênero, que determina que cada partido ou coligação deve preencher, nas eleições proporcionais, o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”.
Em outro ponto do documento, a Promotoria alega “ao invés de se esforçar para garantir o respeito a norma legal, bem como para realmente estimular e possibilitar a participação das mulheres na disputa eleitoral, o PSL, por meio de seu presidente, optou por adotar um comportamento fraudulento, registrando XX, XX e XX como candidatas ao cargo de vereadora, sendo que elas não tinham qualquer intenção de realizar atos de campanha e buscar votos para si”.
O promotor ainda frisou que no caso dos irmãos, é nítida a existência de fraude.“Não é possível imaginar que os irmãos tenham resolvido concorrer de
forma antagônica no mesmo pleito”.
Além de pedir para anular a votação de toda a chapa do PSL, o promotor também solicitou a inelegibilidade do candidato e das três mulheres pelos próximos oito anos. Se a alegação for aceita pelo juiz eleitoral, o vereador eleito do PSL, Roberto Comeron não será diplomado.
Nossa equipe de reportagem está acompanhando o caso e aguardando por mais informações e desdobramento da situação. Novos dados a qualquer momento.