_A enfermidade é a segunda maior causa de mortes e a principal razão da incapacidade no mundo_
O Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como AVC, é uma doença que acontece quando o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro para de circular. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico, quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando inchaço, pressão e danos às células cerebrais devido ao derramamento de sangue sobre elas. E o isquêmico, que ocorre devido um coágulo formado num vaso cerebral, bloqueando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro, como infelizmente aconteceu no caso do jornalista e cineasta, Arnaldo Jabor.
Segundo a World Stroke Organization, mais de 13 milhões de pessoas terão um AVC todos os anos e cerca de 5,5 milhões de pessoas morrerão em consequência disso.
As maiores dificuldades de quem sofre um AVC são as complicações que a pessoa poderá desenvolver logo após o derrame cerebral, como por exemplo a espasticidade, que é o aumento involuntário das contrações dos músculos, podendo ocasionar rigidez muscular, sendo uma condição que afeta profundamente a qualidade de vida de um paciente com AVC. Além disso, existem outros problemas, como:
Fadiga;
Edema (inchaço por acúmulo de líquidos) das extremidades;
Dificuldades relacionadas à alimentação, como falta de apetite, recusa alimentar, dificuldade de reconhecimento visual do alimento, alterações de olfato e paladar etc.;
Paralisia facial;
Fraqueza muscular;
Diminuição ou aumento da sensibilidade;
Alterações visuais, como perda da visão central e problemas com movimentos oculares e de processamento visual;
Limitação de atividades motoras e funcionais;
Afasia, distúrbio que afeta a forma e uso da linguagem oral e escrita.
Para identificar se o AVC afetou as funções sensoriais, motoras, cognitivas ou psicomotoras e qual o nível de comprometimento do paciente, é necessário que ele seja submetido a uma avaliação realizada por uma equipe especializada, que envolve médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos. Essa avaliação é fundamental para definir um plano de reabilitação efetivo e que ajude na recuperação do paciente.
De acordo com um estudo multicêntrico realizado por médicos brasileiros, chamado BCause, 45% dos pacientes chegam tardiamente à reabilitação pós-AVC e os principais motivos para que isso aconteça são a falta de encaminhamento médico e a dificuldade de acesso e transporte para chegar nos centros especializados em reabilitação.
A melhor maneira de evitar as dificuldades e consequências após o AVC é prevenindo o surgimento do quadro. Alguns dos fatores de risco do derrame cerebral são a hipertensão, tabagismo, alcoolismo, diabetes, sedentarismo, obesidade, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares, entre outros. Além de tratar ou controlar esses fatores, existem alguns hábitos que ajudam a prevenir o acidente vascular cerebral, como praticar exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e não fumar.
Fonte: Farmacêutica Ipsen.