O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Coordenaria Estadual de Proteção Defesa Civil do Estado de São Paulo estão fazendo o mapeamento e a revisão do mapeamento de áreas de alto e muito alto risco a deslizamentos e inundações em sete municípios do estado.
O projeto está sendo realizado pela Seção de Investigações, Riscos e Gerenciamento Ambiental do IPT por meio de visitas técnicas às cidades e posterior organização das informações em mapas, imagens e documentação fotográfica em um Sistema de Informações Geográficas (SIG), a fim de subsidiar o gerenciamento das áreas e estabelecer parâmetros técnicos e sociais.
As sete cidades incluídas no projeto estão nas Regiões Administrativas de Bauru (Lençóis Paulista), de Campinas (Nazaré Paulista e Sumaré), de Itapeva (Itapeva), de Marília (Assis), de Presidente Prudente (Osvaldo Cruz) e de Sorocaba (Itu).
Os graus considerados seguem o método de Setorização de Risco, o qual “tratará dos setores classificados como de risco alto (R3) e muito alto (R4) dos sete municípios”, afirma Marcelo Fischer Gramani, pesquisador e coordenador do projeto.
Estes municípios foram indicados pela Defesa Civil como prioritários por apresentarem registro de eventos de ordem meteorológica, hidrológica ou geológica, e também por não terem informações atualizadas sobre riscos de deslizamento e/ou inundações – desde o início do projeto, em novembro de 2012, 152 cidades do estado de São Paulo foram mapeadas.
As principais atividades desenvolvidas pelo IPT incluem a pesquisa bibliográfica dos levantamentos de áreas de riscos existentes, a consulta às equipes das Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil sobre o número de atendimentos efetuados nos locais que serão avaliados, a realização de vistorias de campo para levantamento de indicadores de risco e tipologias dos processos, e a elaboração de documentação fotográfica.
Os dados coletados serão analisados para fundamentar o relatório técnico, que irá conter informações como descrição da área avaliada, delimitação dos setores de risco identificados em imagem de sensores remotos, quantidade de imóveis em risco, quantidade de pessoas em risco, tipologia do processo (deslizamento, inundação, solapamento de margem) e sugestões de intervenções para minimizar ou eliminar os riscos identificados.
Após concluídas, as setorizações serão entregues pela Defesa Civil aos municípios, que serão orientados, em capacitação conjunta com o IPT, sobre como utilizar as informações contidas nos relatórios. Assim, será possível aprimorar medidas locais mitigadoras ou preventivas, bem como embasar a decisão de remoção temporária ou definitiva de moradores.