A escola do Programa de Ensino Integral Simpliciano Campolim de Almeida, situada na cidade de Nova Campina, diretoria regional de ensino de Itapeva, esteve em visita, no dia 07 de junho, à fundação Dorina Nowill para cegos, na capital.
Após o recebimento de uma aluna cega, a escola sentiu a necessidade de aprimorar o conhecimento na área da deficiência visual. Assim, o professor João Marques, especialista da educação especial da escola, mas não na área visual, juntamente com a CGPG (coordenadora de gestão pedagógica geral) Ivanete Landim, a COE (coordenadora de organização escolar) Karla Simonini e o diretor Antônio dos Santos Junior, decidiu buscar caminhos para sanar as dúvidas e aprender estratégias diferenciadas de inclusão, além de formação específica em diferentes segmentos que beneficiassem os alunos em sala de aula, os professores, a gestão e os funcionários sobre a questão inclusiva e o auxílio com material apropriado para a deficiência visual.
O que é a Fundação Dorina Nowill para cegos:
A Fundação Dorina leva o nome de sua idealizadora, Dorina de Gouvêa Nowill. Mais do que uma fundação, ela deixou à pessoa cega e com baixa visão a oportunidade de viver com dignidade e às pessoas que enxergam, uma lição de vida.
Perseverança, caridade, resignação e paciência são as lições deixadas por esta paulista que enxergava o mundo com os olhos da alma.
Mas quem foi essa mulher e quais eram suas motivações?
Dorina nasceu em São Paulo, no dia 28 de maio de 1919 e acabou ficando cega aos 17 anos de idade, vítima de uma doença não diagnosticada. Foi a primeira aluna cega a frequentar um curso regular na escola normal Caetano de Campos, e conseguiu a integração de outra menina cega num curso regular da mesma escola. Posteriormente, Dorina colaboraria para a elaboração da lei de integração escolar, regulamentada em 1956.
Percebendo a carência, no Brasil, de livros em Braille – sistema de escrita e leitura para cegos –, criou, então, a fundação para o livro do cego no Brasil, que iniciou suas atividades em 11 de março de 1946. Dorina conviveu durante 74 anos com a cegueira e fez disso sua missão de vida.