O Projeto de Lei do vereador Gessé Alves foi aprovado em 1ª votação na Câmara Municipal de Itapeva na noite desta segunda-feira (07), por 6 votos a 5.
A votação foi marcada por posicionamentos fortes e algumas vezes até atrapalhados e por uma abstenção, que foi decisiva para a aprovação do projeto.
O autor do projeto Gessé foi o primeiro a se pronunciar dizendo que a criação da Lei visava apenas criar um dia de conscientização contra o preconceito, que por muitas vezes gera violência e que em momento algum teve a intenção de confrontar qualquer área da sociedade.
Antagonista a Gessé, o vereador Laércio Lopes se colocou contra o projeto alegando que o ideal era inserir todas as classes que sofrem preconceito, como negros, mulheres, classes sociais menos favorecidas, inclusive os cristãos e não somente os citados no projeto.
Já a vereadora Débora Marcondes disse ser cristã e por isso mesmo seria favorável a um projeto que combate a violência, citou ainda que todos são pecadores e por isso não se pode julgar ninguém falando sobre passagens bíblicas que falam de amor ao próximo e de julgo. A fala foi rebatida por Laércio que disse que havia hipocrisia nas falas de quem cita a Bíblia para basear seu posicionamento e omite as passagens que vão contra o argumento.
Alguns consideraram um posicionamento gordofóbico ao Débora falar que a gula também era pecado e que os gordinhos deveriam apertar a cinta. A plateia lembrou que nem sempre a obesidade está ligada a comida.
Em meio às discussões, apoiadores do projeto e representantes do seguimento evangélico acabaram se manifestando em alguns momentos, porém sem nenhum embate mais sério.
Chegado o momento da votação o placar apontou 6 votos favoráveis ao projeto: Andrei Muzel, Marinho Nishiyama, Débora Marcondes, Julio Ataíde, Preto do Bairro de Cima e Gessé. Já os contrários foram Laércio Lopes, Tarzã, Tião do Táxi, Robson Leite e Saulo Leiteiro.
A surpresa ficou por conta do vereador Ronaldo Coquinho que resolveu se abster de votar, o que permitiu a aprovação do projeto. A posição do vereador não foi bem vista pelo público que questionou que tipo de representatividade é feita por Ronaldo.
O projeto agora vai para 2ª votação na próxima quinta-feira (10), e caso seja aprovado ele vai para o prefeito Mário Tassinari sancionar, caso ele seja rejeitado será arquivado.
Os vereadores contrários ao projeto acreditam que ainda podem mudar o resultado uma vez que duas vereadoras faltaram na sessão, Lucinha Woolck e Áurea Rosa, essa informou que estava em exame médico.
Já os favoráveis ao projeto creem que não haverá surpresas e que ele deve seguir para ser sancionado pelo Poder Executivo.