Foram entregues títulos de cidadania itapevense, comendas e diploma de comerciário dedicado.
A Câmara de Itapeva realizou uma grande solenidade nesta sexta-feira (8), com a entrega de honrarias para seis homenageados. Foram reconhecidos como cidadãos de Itapeva o médico Marcelo Poli, o técnico em eletrotécnica Pedro Pereira e o empresário Reinaldo Pontes, também foi honrado com o diploma de comerciário dedicado do ano, ao lado da vendedora Lucimara Araújo. Ainda foram entregues duas comendas da ordem e do mérito, ao empresário Luiz Fernando Carneiro e à voluntária Roseli Leite.
Dessas sete homenagens, seis foram de autoria da vereadora Débora Marcondes (PSDB), enquanto o vereador Marinho Nishiyama (Novo) foi o responsável por apresentar o projeto que deu a honraria para Lucimara Araújo.
Além dos homenageados e dos vereadores, a sessão solene também contou com a presença de outras autoridades, como o prefeito de Itapeva Dr. Mario Tassinari, a prefeita eleita Coronel Duch, o ex-prefeito Luiz Cavani, o diretor secretário geral do Sindicato dos Comerciários da Região de Itapeva Marco Antônio Carvalho, o secretário de saúde Beto Carpes e o ex-vereador Jeferson Modesto.
O evento ainda teve apresentações musicais da Banda Sinfônica Lira Itapevense, que interpretou o Hino Nacional e Aquellos Ojos Verdes, e dos músicos do Projeto Guri (Polo Regional de Itapeva), que cantaram Stand By Me e Amazônia.
Diploma José Carlos de Carvalho Júnior de Comerciário Dedicado do Ano
O diploma de comerciário dedicado do ano é uma honraria instituída há dois anos, visando homenagear os comerciários da cidade, estimular o melhor desempenho das funções e a satisfação pela profissão exercida. Hoje, o setor de comércio e serviços é responsável por mais de 45% do PIB de Itapeva e vendedor de comércio varejista é a 2ª ocupação com mais trabalhadores formais no Município.
Itapevense de nascimento, Lucimara Boava Araújo é formada em pedagogia e começou sua carreira profissional ainda aos 14 anos, no comércio local. Depois, ela trabalhou na Câmara Municipal, na Secretaria de Saúde, nos jornais Itanews e A Gazeta e também na rede municipal de ensino, antes de voltar ao comércio. Isso aconteceu em 2019, como vendedora das Lojas Cem, onde vem se destacando desde então com sua alegria e bom humor.
Luci falou sobre a emoção de receber essa honraria. “É uma alegria muito grande ver o quanto a gente é querida, e que, por mais falha que a gente seja, há esse reconhecimento. Quando eu soube do nome da homenagem, me passou um filme pela cabeça. Meu primeiro emprego foi na Loja Estrela, com Seu Carvalho. Eu também tive a honra de trabalhar nessa casa de leis, na época do saudoso Dr. Ulysses. Foi muito aprendizado. Quando eu mais precisei, foi o pessoal da Câmara que me ajudou. E hoje, estou aqui. Então, é agradecer, muita gratidão”.
Além dela, a honraria também foi entregue a Reinaldo Dias de Pontes, também reconhecido com a cidadania itapevense. Natural de Apiaí, ele trabalhou por décadas como vendedor, atuando em diferentes lojas do comércio de Sorocaba e de Itapeva, chegando a ser subgerente da filial itapevense da Casas Bahia. Em 2008, ele comprou um mercado em Apiaí e ampliou a rede para Itapeva três anos depois. Desde então, ele vem expandindo seu negócio e já conta com seis lojas do Mercado Du Rey e mais de 45 funcionários, gerando mais de 100 empregos diretos.
Após receber as duas homenagens, Rey relembrou um pouco da sua jornada. “Sou da região de Apiaí, plantador de tomate. Estou aqui em Itapeva há quase 24 anos. Fui para Sorocaba em 1999, contratado em uma firma para trabalhar como vendedor e Deus me presenteou com a oportunidade de vir para Itapeva em 2000. Trabalhei no comércio e quando terminou esse ciclo, vi a chance de começar meu próprio negócio. Comecei por Apiaí, depois abrimos nosso primeiro mercado em Itapeva e viemos ampliando a rede e atendendo a população de Itapeva. E ainda temos muito a contribuir com a cidade”.
Comenda Antônio Furquim Pedroso da Ordem e do Mérito de Itapeva
A comenda da ordem e do mérito é a mais alta distinção concedida pelo Município de Itapeva. Essa condecoração tem caráter totalmente relacionado à honra e ao respeito construídos por aqueles cidadãos dentro da comunidade itapevense. Nesta solenidade, foram reconhecidos dois novos comendadores: Luiz Fernando Carneiro Mendes e Roseli Ribeiro Leite.
Responsável pela centenária marca Café Carneio, de Itapeva, Luiz Fernando nasceu na cidade e está à frente da empresa desde 1996, assumindo após a morte de seu pai. Antes disso, porém, ele já trabalhava no negócio da família desde a juventude, com mais de 40 anos de serviços prestados à indústria itapevense. Além disso, ele também foi membro da diretoria da creche Lar do Amor, onde segue atuando até os dias de hoje.
O empresário dividiu a honraria com a família. “Os pensamentos me remetem às mais doces memórias da minha infância, com meus pais. Todo o esforço e trabalho culminaram em um final feliz, de muito orgulho. Essa é a concretização da contribuição da nossa família para o progresso da nossa cidade. O Café Carneiro leva o nome de Itapeva para todos os cantos onde chega. Esse amor pelo café foi passado de geração em geração, eu faço parte da quarta e vejo, com muito orgulho, a quinta seguindo o caminho”.
Mãe de três filhos, Roseli nasceu no bairro da Água Limpa, Roseli e dedicou sua vida inteira a ajudar as pessoas da sua comunidade, atuando com uma série de boas ações e serviços de acolhimento no dia a dia. Ela é a responsável por um almoço beneficente que acontece todo Natal naquele distrito, atendendo às famílias carentes do bairro, e com a ajuda de coações de empresários e da sociedade itapevense.
A nova comendadora reforçou o compromisso de continuar fazendo esse projeto. “Nós passamos muita fome por muitos anos, não tínhamos casa para morar. Era muito triste. Eu prometi a Deus que, se ele desse uma casa para a minha mãe, bateria de porta em porta para fazer isso. Quando eu comecei a pedir aos vereadores, melhorou minha vida, a gente pôde fazer uma coisa maior. Eu faço todo ano e nunca vou desistir”, afirmou.
Título de Cidadania Itapevense
O títulos de cidadão honorário é uma honraria concedida para pessoas que não nasceram em Itapeva, mas escolheram a cidade e contribuíram ativamente para o seu desenvolvimento, com atos de relevante interesse social em prol da população local. Além de Reinaldo Pontes, também agraciado como comerciário, foram entregues os títulos de cidadania para Marcelo Rabelo de Carvalho Poli e Pedro Clemente Pereira.
Mineiro de Poços de Caldas, Marcelo Poli escolheu Itapeva em 2008. Formado em medicina pela USP, Poli se especializou em clínica médica e nefrologista, além de ter servido como tenente médico no Exército. Em Itapeva, ele construiu carreira médica de sucesso e ganhou o carinho de diversas famílias da região. Neste ano, já depois da concessão do título de cidadania, ele iniciou trajetória política e foi eleito como vereador mais votado de Itapeva, com 2.763 votos. Assim, Poli assume o posto de vereador no dia 1º de janeiro.
Já como cidadão itapevense, o futuro vereador agradeceu à cidade. “Lembro quando cheguei para conhecer Itapeva, em 2008, para ver se tinha condições de vir com minha família. Na primeira semana, já disse que nunca vi um lugar tão receptivo comigo. Fiquei um ano vindo e voltando de Ribeirão Preto, estava no início da carreira, e o que me trouxe foi a medicina. A maior parte da minha carreira médica, exerci aqui, e tenho imensa gratidão pelo que recebi em troca da população. Eu nunca sairei de Itapeva. Itapeva pertence a mim e eu sou itapevense de coração. Esse título só reforça o que eu já sinto”.
Pedro nasceu em Lins, mas vive em Itapeva desde 1980, após ser aprovado em um concurso da antiga Companhia Energética de São Paulo (CESP), onde trabalhou por 30 anos como técnico em eletrotécnica. Aposentado desde 2011, ele segue atuando na área elétrica, como consultor autônomo. Ele também faz parte da diretoria do Grêmio Recreativo da CESP, foi coordenador da Pastoral Familiar da Igreja Matriz da Catedral de Sant’Anna e presidente da creche São Benedito.
O mais novo cidadão itapevense lembrou um pouco da história de sua vinda para a cidade. “Estava na escola, terminando a formação, em 1980. No quadro tinha um anúncio de vaga de estagiário em Itapeva. Estava com alguns colegas e apareceu um professor de mecânica, que falou ‘não vai pra Itapeva, lá tem poluição, é terrível’. É importante a gente correr daqueles roubadores de sonhos. Eu vi o cavalo passando na minha frente e montei nele. Chegando em casa, conversei com minhas irmãs e elas já compraram a mala, arrumaram dinheiro e eu vim. O desafio foi grande, mas estou aqui”.
(Via Câmara Municipal de Itapeva)