Itapeva confirmou 50 casos da síndrome mão-pé-boca apenas em abril. No início do mês, uma escola ficou fechada por 10 dias para higienização após registro da doença nos alunos.
De acordo com a Eliana Corrêa Prestes, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, apesar do número de casos, a situação está controlada na cidade apesar de os meses de fevereiro e março terem contabilizado 116 casos da doença em 14 escolas. “Esses 50 novos casos foram em um longo período. Quando a EMEI Edna Muzel de Moura foi fechada para higienização, havia 55 casos em um curto período, então hoje consideramos que a situação está controlada. O ideal é não ter a doença, mas a compreensão de pais e profissionais sobre a síndrome melhorou e isso ajudou a controlar”, afirma.
O Miguel, filho da cabeleireira Daniela Bueno Fortes, foi uma das vítimas da doença na cidade. Ele pegou mão-pé-boca por duas vezes e, segundo a mãe, o menino sofreu muito com os sintomas. “Ele ficava muito irritado, chorando. Coçava muito, ele vivia coçando a cabeça. Primeiro saíram as bolhas na cabeça, depois no corpo. Eu achei estranho e levei ele para o hospital e lá o médico disse que ele estava com a síndrome”, diz.
A síndrome é comum em bebês e crianças menores de dez anos e, segundo a pediatra Elaine Moreira Lopes, o risco de contaminação da doença é alto. “A gente teve bastante internação de crianças com desidratação por conta da síndrome. Elas tinham dificuldades para se alimentar e percebemos que aumentou o número de internações no pronto-socorro”, afirma Elaine.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, medidas contra a doença estão sendo tomadas com a orientação dos funcionários de escolas e pais das crianças. “Com a criança com a doença afastada da escola e os pais conscientes, não tem transmissão”, diz.