Réus se passaram por advogados, policiais e promotor para extorquir vítima.
A Promotoria de Justiça de Itapeva conseguiu a condenação de nove pessoas que integravam organização criminosa especializada na prática do popularmente chamado “golpe dos nudes”, consumado por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais. Todos os réus são do Rio Grande do Sul e alguns deles atuavam de dentro de estabelecimentos daquele Estado, utilizando aparelhos celulares.
As penas aplicadas, que vão de 19 a 22 anos de prisão em regime inicial fechado, são pelos crimes de organização criminosa majorada pelo envolvimento de adolescente, extorsão, exploração sexual de menor de 18 anos e divulgação de fotografias e vídeos com cena de sexo ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
De acordo com a denúncia, apresentada pelo promotor de Justiça Hamilton Antônio Gianfratti Júnior, um homem morador de Itapeva recebeu pelo Facebook uma solicitação de amizade enviado pelo perfil de uma mulher. Ela enviou fotos íntimas e pediu que a vítima fizesse o mesmo. No dia seguinte, o homem recebeu uma mensagem de um suposto advogado, que estaria representando os pais da moça, supostamente menor de idade. A mensagem exigia o repasse de valores para evitar consequências jurídicas. Integrantes do grupo criminoso ainda se passaram por delegados de polícia e por um promotor de Justiça gaúcho.
Nos Memoriais, o também membro do MPSP Francisco Antonio Nieri Mattosinho reforçou o pedido de condenação dos réus, sendo atendido por decisão da 2ª Vara Judicial de Itapeva nesta segunda-feira (27/3).