A Câmara Municipal de Itapeva, aprovou na noite desta segunda-feira (22), uma Comissão Processante contra a vereadora Débora Marcondes, que está sendo acusada de tentar se beneficiar de cotas a candidatos que se declaram pretos ou pardos.
O pedido de processante foi feito pelo Coletivo de afroidentificação Quilombagem Urbanda nas pessoas de Carlos Eduardo da Silva, João Lucio dos Santos Neto, Julia de Campos Ferraz e Fatma Leylane de Oliveira. Eles questionaram o fato de nas eleições anteriores a vereadora ter se declarado branca e na atual, parda e depois da repercussão ter mudado novamente para branca.
O grupo informou ainda que ao questionarem a vereadora através das redes sociais acabaram sendo bloqueados e por esse motivo entraram com o pedido de abertura de comissão processante.
Ao usar a Tribuna antes da votação, Débora falou sobre sua família que se compõe de diversas etnias raciais e disse não achar motivo para a instauração da comissão, opinião que foi endossada pelos vereadores Ronaldo Coquinho, Marinho Nishiyama, Tarzan e Roberto Comeron.
Apesar dos apelos dos vereadores, a Comissão Processante foi aprovada, sendo que além dos votos contrários dos vereadores acima, a segunda suplente na linha sucessória Juli Francis também se posicionou contrária.
Já os favoráveis a abertura da Comissão foram: Profº Andrey, Áurea Rosa, Celinho Engue, Christian Galvão, Gessé, Julio Ataíde, Piloto, Saulo, Vanessa Guari e Lucinha.
Os vereadores que farão parte da Comissão Processante são: Tarzan, Áurea e Gessé. A Comissão agora irá se reunir e analisar todo o enredo do caso, também ouvirá a vereadora Débora, que apresentará sua defesa e depois encaminhará para o Plenário a decisão.