Na última semana uma declaração do vereador Roberto Comeron (PP), tomou conta das redes sociais por conta de ter dito que o vereador não é obrigado a saber se um projeto é constitucional ou inconstitucional.
A fala foi repercutida nas redes sociais e exposta repetidamente nas transmissões do Grupo Cristal de Comunicação por meio de um editorial que questionava se a fala foi por ignorância ou descaso.
O vereador, por sua vez, se mostrou contrariado com o que chamou de sensacionalismo, dizendo que fizeram um corte de sua fala somente e nem o procuraram para saber ao certo o que realmente queria ter dito com essa fala. “Primeiro, eu acho que o jornalismo sério ouve todos os envolvidos, em momento algum eu fui procurado para falar sobre esse assunto na rádio da Terezinha da Paulina, que colocou no ar que teríamos dito que o vereador não teria esse compromisso de saber sobre lei de inconstitucionalidade ou não”, disse.
De acordo com Comeron, se tivessem transmitido toda a fala, seria visto que ele explicou como funciona o processo. “O vereador apresenta projetos, vota projetos, mas quem dá o parecer se aquele projeto que fez é constitucional ou não é o departamento jurídico, e mais adiante é o Tribunal de Justiça que dá o parecer dizendo se esse projeto é constitucional ou não e foi isso que falei, não que vereador não tem compromisso, que não sabe nada, de forma alguma”, ressaltou o vereador.
Comeron disse ainda acreditar que por estar trabalhando em outra emissora de rádio (Massa FM), está havendo uma campanha difamatória de sua imagem. “Eles não gostam de concorrência e nós estamos fazendo essa concorrência saudável, então penso que é por conta disso, pois é um absurdo a gente vê um jornalismo que só coloca o que eles acham e não me procurar para expor o meu lado da história”.
O vereador classificou como maldade o que foi feito em cima de sua fala. Para Comeron, a população ao ver alguma notícia nas redes sociais deve procurar buscar a fonte, o que realmente foi dito, pois está havendo muitas montagens, como nesse caso, segundo ele.
Ao ser questionado se ao apresentar uma lei, o departamento jurídico da Câmara é consultado antes, Comeron explicou como funciona na prática. “O vereador cria um projeto que é lido no plenário primeiro e depois segue para a Comissão de Legislação, Redação e Justiça, que analisa o projeto, pede o parecer jurídico e que dá o parecer dizendo se é constitucional ou não e aí a comissão arquiva o projeto ou manda para plenário, que vota o projeto e se for aprovado vai para o Poder Executivo, onde o departamento jurídico da prefeita pode entender que é inconstitucional e a prefeita manda o projeto vetado, aí a Câmara pode derrubar ou manter o veto. Se a Câmara mantiver o veto, é arquivado o projeto, agora se a Câmara entende que ele é um projeto importante mesmo sendo inconstitucional, ela aprova e encaminha para o Tribunal de Justiça para ele dar o seu parecer se é inconstitucional ou não. É o Tribunal de Justiça quem dá o parecer final”, finalizou Comeron.