Uma discussão na Farmácia Municipal acabou no Plantão Policial com uma pessoa tendo que pagar fiança para ser liberada após ser acusada de desacato a funcionário público.
De acordo com Maria Isabel de Lara Silva Romualdo, ou como é popularmente conhecida, Pituca, a discussão começou após ela tentar ajudar uma senhora da Zona Rural que não conseguia pegar remédios devido a falta da segunda via da receita.
Pituca conta que tentou ajudar a mulher e a partir daí a discussão tomou outro rumo que acabou com o seu filho detido e tendo que pagar R$ 1.000 de fiança. Em entrevista, a moradora da Vila São Benedito falou sobre o acontecido e pediu ainda que seja disponibilizada uma farmácia no bairro em que mora. Confira:
IN- O que ocorreu na Farmácia Municipal que culminou na condução da senhora e seu filho a delegacia?
Pituca- Às 09h da manhã eu cheguei para pegar um remédio, e toda a vida eu fui amiga da Maria Elisa e do Beto, e sempre eles me deram remédio independente de eu ter a receita ou não, eles “quebravam o galho” e me davam o remédio, mas hoje de manhã eu vi uma senhora ficar nervosa porque estava com a receita original, só que sem a segunda via, e eles queriam a segunda via da mão do médico, e ela informou que era do sítio e não tinha como conseguir a segunda via naquele momento e eu com dó da mulher fui falar para eles se não tinha como ajudar ela assim como eles me ajudam e foi nessa hora que chamaram o Beto, que chegou agressivo dizendo que eu estava agredindo e xingando.
IN- Qual foi a resposta da senhora?
Pituca- Eu disse que não estava agredindo, eu disse que ele fica na parte de cima com outra funcionária o dia inteiro e não vem atender as pessoas aqui, e que ninguém era melhor do que ninguém.
IN- A senhora relatou que ainda houve uma conversa sobre os medicamentos que a senhora veio pegar. Que conversa foi essa?
Pituca- Falei para o Beto que minha receita era para pegar na segunda-feira a Fluoxetina, mas como sempre fizeram favores para mim eu perguntei se dava para liberar uma cartela e na segunda quando viesse pegar o resto já colocava na ficha que eu peguei o remédio para o mês inteiro, como toda a vida fizeram isso eu achei que não ia dar errado, porém, ele foi estúpido e que culpa tenho eu se o médico não assinou a receita para eu poder pegar o remédio, que culpa tenho eu se venho pegar a bombinha Arlene e levo outra medicação no lugar?
IN- Diante disso houve uma discussão mais séria, o que aconteceu em seguida?
Pituca- Ele acabou chamando a viatura, nos conduziram até a delegacia dizendo que meu filho quebrou ali dentro e não foi ele e sim eu que dei um chute ali e xinguei ele, e acabou que meu menino pagou por algo que não fez, teve que pagar mil reais para sair da delegacia sendo inocente, eu que era a culpada. Fizeram B.O. de desacato.
IN- Diante de tudo isso, o que a senhora tem a dizer?
Pituca- Se a nossa secretaria tem tempo para ir à delegacia, peço a ela que vá aos postinhos também ver os remédios, e peço que faça uma farmácia na São Benedito, pois nosso bairro é grande agora e já dá para ter uma farmácia lá. Falta remédio hoje coisa que não acontecia na época do Armandinho, do Wilmar e do Comeron e só agora com essa secretária que acontece isso, deveria ter pelo menos uma assistente social aqui para atender o povo.
N.R- Entramos em contato com a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Itapeva pedindo uma posição dos envolvidos sobre o caso, porém, até o término desta edição não recebemos uma resposta.