O vereador Marinho Nishiyama (MDB) questionou o comandante da Guarda Civil Municipal de Itapeva, Alessandro Fonseca sobre a proibição de nadar na represa do Pilão D’Água.
De acordo com o vereador, populares estavam dizendo que a proibição era por conta de que as pessoas estariam atrapalhando quem andava de jet ski no local. Em resposta, Fonseca disse que realmente ordenou a proibição de nado no local e explicou que a represa não foi criada com a finalidade da prática do nado e sim de abastecimento da população. “A represa não tem essa finalidade, ali é captação de água para consumo nosso, é considerada uma APP (Área de Preservação Permanente) e eu vejo que quem entra lá e usa da forma que quer está cometendo até um crime ambiental, a represa não foi destinada para natação”, disse.
O comandante da Guarda Municipal ainda fez outra colocação. “E se morre alguém ali, pois eu não tenho um guarda preparado para fazer salvamento, o guarda está lá com colete, armado, com coturno, se pular na água morre junto, então estamos tomando uma certa cautela com isso e então não vão nadar mais”, afirmou.
Entramos em contato com o Comandante Fonseca para questionar sobre o uso de jet ski na represa e fomos informados de que estão verificando a quem cabe a fiscalização.
Em contato com a Polícia Ambiental de Itapeva fomos informados de que em Área de Preservação Ambiental no que diz respeito a atividades aquáticas é permitida tanto a natação como a utilização de jet ski, sendo a fiscalização de responsabilidade da Marinha.
Em contato com o vereador Marinho recebemos a seguinte nota sobre o assunto, confira:
“No meu ponto de vista, essa proibição não é legal, sendo além de tudo arbitrária. O lazer é direito constitucional do cidadão, não podendo o Poder Público privar a utilização de espaços públicos. A justificativa do Poder Público sobre a proibição dos cidadãos nadar no Pilão D’água baseia-se exclusivamente sobre o perigo de afogamento no local. Pensando nisso, como Vereador, irei apresentar uma propositura a ser direcionada ao Prefeito Municipal para que providencie a sinalização dos locais perigosos com boias e placas e para contratar salva vidas durante o período em que o espaço é aberto ou então para firmar uma parceria com o Corpo de Bombeiros. Em relação ao uso do lago por moradores ou visitantes do lado onde existem ranchos particulares e a proibição da parte que é pública, trata-se sim, de preconceito social. Devemos lembrar que a Constituição Federal garante o direito de igualdade aos cidadãos, independentemente de cor, etnia, classe social e etc. E essa situação nos deixa muito triste, pois confirma que o Governo do atual prefeito municipal é um governo voltado para as pessoas ricas”.