O número de jovens com queixas de zumbido e perda auditiva tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, principalmente pelo uso de fones de ouvido.
De acordo com uma reportagem do site Gazeta do Povo, uma pesquisa recente da Universidade Tuiuti, feita com 131 alunos do Ensino Médio, com idades entre 15 e 18 anos, apontou que cerca de 60% dos pesquisados tinham problemas de concentração e pediam para que as pessoas repetissem as falas com frequência.
Cerca de 36,6% apresentaram perda auditiva relacionada ao uso de algum tipo de som portátil. A OMS, no primeiro Relatório Mundial sobre Audição, revelou que atualmente 700 milhões de pessoas têm problemas auditivos e que esse montante, em 2050, deve chegar a 2,5 bilhões.
Várias causas podem levar a perda auditiva, uma delas é a Otosclerose, uma rigidez do sistema auditivo que acomete mulheres a partir da meia idade (de 20 a 30 anos). “Essas pessoas acabam achando que não é comum, porque a sociedade ainda acredita que a perda auditiva só acontece com o idoso”, explica a fonoaudióloga Dra. Cintia Fadini.
De acordo com a Dra. Cintia, alguns pacientes com queixas de tontura também podem apresentar alguma disfunção do sistema auditivo, como zumbido ou perda da audição. Por isso, é importante ficar em alerta quando aos sinais e procurar um especialista quando observar algumas destas mudanças. “O diabetes também pode ocasionar a perda auditiva e temos visto isso cada vez mais em adolescentes. A exposição ao ruído é a causa mais comum e frequente, já que os jovens utilizam muito fones de ouvido”, diz.
O fone de ouvido dentro da orelha direciona uma pressão muito grande para o sistema auditivo, o que lesiona células. “Infelizmente a descrença dos jovens, achando que acontece somente com idosos, está contribuindo para o aumento visível de casos”, acrescenta.
Os sintomas que jovens podem apresentar são: cansaço no final do dia, a irritação e a dificuldade de concentração, além de aumento do zumbido no período noturno. “A partir destas características, começam a ter conflitos em relacionamentos muitas vezes por não conseguir entender o que a outra pessoa diz. Dores de cabeça e perda de memória também são sintomas aparentes em jovens”, comenta a fonoaudióloga.
O que pode ser prevenido é o ruído, ou seja, é preciso tomar muito cuidado com a exposição, seja por fone de ouvidos (optar sempre pelo tipo concha e não utilizar por muito tempo) ou por volume excedido (não ultrapassar o recomendável). “Acontece ainda a perda auditiva súbita, que é acompanhada do zumbido e da tontura. Neste caso, é imprescindível que procure imediatamente um médico, pois é a única maneira de trazer a audição de volta. Se passar muito tempo assim, poderá ter a perda auditiva permanente”, enfatiza.
O zumbido é o principal sintoma e geralmente o primeiro alerta de que o paciente está perdendo frequências auditivas. O problema é que muitas pessoas não procuram o tratamento quando o sintoma inicia, até que perdem consideravelmente a audição. “O zumbido deve ser visto como um alerta, porque no início há tratamentos para que ele desapareça”, diz.
Em casos mais graves, a perda auditiva pelo acarretar em sintomas de ansiedade e depressão. Segundo a fonoaudióloga, muitos pacientes se queixam da falta de empatia dos amigos, familiares e da própria sociedade que não entendem como é falar com uma pessoa com perda auditiva. “As pessoas acham que o colega é surdo, que não escuta nada, mas esquecem que a perda auditiva tem graus. Às vezes, melhorar a comunicação, falar devagar, já favorecem e contribuem com a autoestima do paciente”.
Setembro é considerado o mês azul, da visibilidade da comunidade surda brasileira. A Clínica Conexão Auditiva está de portas abertas para recebê-los e tratar sobre o tema.
Procure um profissional e cuide-se. Entre em contato conosco e saiba mais!
(15) 3522-2030 ou (15) 99807-0325.