A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Eliana Prestes, realizou um curso de capacitação para os profissionais da Rede de Atenção Básica do município, no último dia 5, no auditório da Secretaria.
Entre os assuntos abordados, destacou-se principalmente a Campanha contra a Gripe, que deu no dia 10 de abril nas unidades de Saúde de Itapeva. Eliana deu ênfase sobre a questão da campanha ter começado vacinando as crianças e as gestantes.
Inicialmente, serão imunizados estes grupos prioritários. Já os idosos e as demais pessoas serão vacinadas entre os dias 24 de abril e 31 de maio. A meta este ano é imunizar mais de 19 mil pessoas na cidade.
Os profissionais da área da Saúde também receberam orientações sobre os procedimentos necessários visando detectar os sintomas da doença mão-pé-boca em escolas públicas municipais.
Como esta doença é contagiosa, é de fundamental importância que os pais ou responsáveis, ao suspeitarem da moléstia, encaminhem as crianças ao médico. Caso seja confirmada a suspeita, a criança deve ser afastada da escola por pelo menos 10 dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Quando os sintomas da doença mão-pé-boca se manifestam, a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta e gânglios aumentados, seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia.
A síndrome Mão-Pé-Boca é comum em bebês e crianças menores de 10 anos de idade, trata-se de uma infecção enteroviral (vírus presente no intestino) contagiosa, causada pelo vírus Coxsackie. A transmissão se dá pela via fecal/oral, por meio do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então por meio de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Não existe vacina contra a doença.
O quadro clínico é autolimitado e melhora espontaneamente com as defesas do organismo, e o tratamento será direcionado para amenizar os sintomas, com o auxílio de antitérmicos, medicamentos para coceira e analgésicos prescritos pelo médico.
Em casos onde as lesões na boca impedirem a alimentação e ingestão de líquidos, pode ser necessária a administração de soro. Portanto, as recomendações médicas deverão ser rigorosamente seguidas.
Os pais das crianças devem ter os seguintes cuidados: nunca romper as bolhas das lesões, manter as unhas das crianças curtas, higienizar diariamente os brinquedos que as crianças utilizam com água e sabão, deixar secar naturalmente, intensificar a higienização das superfícies onde as crianças tocam, ensinar as crianças a cobrir a boca e nariz quando espirrar e tossir e usar papel (se possível), ensinar as crianças a lavar as mãos antes e após tossir/espirrar, utilizar o banheiro antes das refeições, além de manter as janelas abertas para melhor circulação do ar, seja nas escolas ou nos domicílios.