Encaminhados a UPA, cidadãos reclamam do descaso e de estarem esquecidos pela atual gestão
O local em que funciona provisoriamente o posto de saúde no Distrito Alto da Brancal, uma casa em estado precário, alugada pela Prefeitura Municipal pelo valor de R$ 1.500,00 mensais, está sem médico há 30 dias e os enfermeiros estão fazendo plantão na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) até às 21h, para atender aos doentes, sendo que os mesmos são proibidos de serem atendidos em Postos de Saúde de outros bairros.
O vereador Wilson Margarido esteve no início da semana na localidade e ao procurar a Secretária Municipal da Saúde, Maria Eliza Ferraresi, foi informado que o Prefeito Luiz Cavani seria consultado sobre a urgência de se levar um médico para atender aos cidadãos do bairro, que fica a, aproximadamente, 20 quilômetros do centro de Itapeva, o que dificulta a mobilidade e a busca por assistência médica, no caso daqueles que não possuem veículos. “Conversei com ela (a Secretária Municipal da Saúde), também, sobre a construção do novo Posto de Saúde, que, inclusive, já passou por licitação, e sua obra nunca começa por falta de assinatura do contrato com a empreiteira. Além disso, que façam, ao menos, a limpeza do espaço onde as pessoas são atendidas hoje, pois se encontra tomado por mato e por bichos, oferecendo perigos e expondo os cidadãos a doenças”, relatou o vereador.
Moradores locais informaram que a Prefeitura prometeu enviar uma médica para atender as crianças menores de 1 ano de idade e as mulheres gestantes, uma vez por semana, no posto provisório.
A empresa que venceu o processo licitatório para realizar a reforma e ampliação do Posto de Saúde da Família, no Distrito Alto da Brancal, foi Matheus Diogo de Araújo –ME, no valor de R$ 147.6222,04. Porém, segundo informações obtidas na Câmara Municipal, o contrato para a execução da obra ainda não foi assinado.
O bairro Alto da Brancal possui 4 mil moradores que convivem diariamente com um estado de calamidade pública, onde falta saneamento básico, as estradas se encontram intransitáveis, o Posto de Saúde não conta com médico e nem com estrutura adequada para os atendimentos, e os cidadãos não têm garantidos os seus direitos básicos de sobrevivência. A Prefeitura se negou a atender os questionamentos do Jornal Ita News.