Mais de 20 obras encontram-se paralisada durante a administração Cavani; Prefeitura quer empréstimo para iniciar mais uma.
Através de um duro pronunciamento feito durante a sessão ordinária de segunda-feira (01), o vereador Jeferson Modesto (PMDB), cobrou um posicionamento do prefeito Luiz Cavani (PSDB) e do secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Marco André D’Oliveira sobre as inúmeras obras públicas iniciadas e abandonadas sem uma conclusão pela atual administração. Segundo o vereador, as cobranças para a apresentação de um plano de gestão são constantes, mas os questionamentos do Legislativo ficam sempre sem resposta por parte da Prefeitura, desrespeitando, inclusive, lei federal que assegura a transparência e o acesso à informação. “Eles têm que fazer a lição de casa, porque chegamos a essa situação por falta de gestão, porque o Secretário da pasta é muito ruim, o prefeito só fala e não cumpre, e nada sai do lugar. Em diversas vezes cobrei o chefe do Executivo e do Secretário de Obras: cadê o plano de gestão? A resposta nunca veio. Diante disso, a única certeza é que a atual administração não tem nenhum planejamento”, subiu o tom, na tribuna.
No início do mês de fevereiro, entretanto, a atual administração enviou à Câmara, um projeto de Lei que pede a autorização para a contratação de crédito junto ao Banco do Brasil, no valor de R$1,5 milhão, para ser iniciada mais uma obra pública. Desta vez, o dinheiro seria empregado na reforma do prédio do Paço Municipal Prefeito Cícero Marques, sede da Prefeitura, o qual, de acordo com o secretário Marco André, completa 50 anos neste ano, razão pela qual necessita de reparos e de adequações com relação a acessibilidade.
O PL ainda não entrou em pauta para votação em plenário, mas os vereadores Jé, Margarido e Rodrigo Tassinari vêm se posicionando contra a sua aprovação, por entenderem que as obras paradas devem ser finalizadas antes de se propor um novo projeto. “Vou votar contra este projeto de lei, pois não podemos aceitar que isso seja feito, principalmente diante desse momento crítico pelo qual o município está passando. A população quer ver resolvido o problema da falta de empregos, de médico, remédios, e de ações para ruas esburacadas”, ressaltou.
Ainda durante o seu pronunciamento, o vereador listou as obras atrasadas ou paralisadas pela Prefeitura e pediu para que a população se engaje e cobre mais eficiência do Executivo. E são elas: pavimentação do Bairro de Cima, construção de 2 portais na entrada da cidade, UBS do Bairro da Caputera, Parque Ambiental na Avenida Orestes Gonzaga, reforma do Estádio Municipal, UBS da Vila Santa Maria/ Jardim Kantian, praça no Jardim Paulista/ Brasil, UBS da Vila Nova/ Tancredo Neves, lajotamento do Bairro de Cima, UBS Vila São Camilo, Pavimentação Jardim Bela Vista, reforma da Casa da Cultura, Mercado do Produtor, Mirante do Debret, lajotamento do Parque Industrial, UBS próximo ao Sesi, vestiário do Campo e reforma da quadra da Vila São Benedito, UBS Alto da Brancal, revitalização do Parque Pilão D’Água, entre outros.
Os vereadores Wilson Margarido e Rodrigo Tassinari endossaram o pronunciamento de Jé e subiram à tribuna para afirmar que a atual administração está perdida e que os titulares não têm competência para ocupar tais cargos. O parlamentar Rodrigo Tassinari abordou algumas questões de relevância, como a falta de manutenção do Pilão D’Água por parte do poder público e o fato de um grupo de cidadãos terem formado um mutirão para realizar a limpeza do local. “Quero parabenizar o João Vitor Bueno e todos os outros cidadãos, que apesar do Executivo ter tentado minimizar o problema, as pessoas que participaram da ação tiraram muito lixo de lá. João Bueno merece voto de congratulações assinado por todos os vereadores desta Casa”, disse o parlamentar.
O edil também abordou a situação da Luz da Visão, que de acordo com ele não recebe repasse desde fevereiro de 2018 e que tem mantido o funcionamento por meio da venda de um veículo e dos recursos que angariou através de campanha para a construção da sede própria. “ A Entidade encerrará suas atividades em julho deste ano se a Prefeitura não retornar o pagamento. Hoje, só o Governo do Estado tem feito o repasse de R$ 2500,00”, reforçou o vereador.
Os vereadores pedem que o Executivo assuma a sua responsabilidade de governar e apresente um plano de gestão, definindo um prazo para a entrega das obras paralisadas.